Venda de carros usados bate recorde e culpa é do preço dos novos



 Além dos valores mais salgados dos zero km, juros e liberação de crédito também restringiram as vendas, beneficiando o segmento de usados

A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) divulgou o balanço de 2024. Foram 15.777.594 carros usados comercializados – para quem não acompanha este mercado, um recorde.

Segundo Enilson Sales, presidente da instituição, “o crescimento e fortalecimento do setor foi apoiado pelo empenho da Fenauto em várias frentes de trabalho (...) Participamos ativamente em debates sobre crédito, interagimos decididamente junto ao on-line, marcamos presença nos principais fóruns do ambiente automotivo e nos posicionamos fortemente em assuntos nacionais como a reforma tributária, o Renave e o Marco Legal de Garantias. Por isso, nos sentimos orgulhosos por temos contribuído intensamente para promover este crescimento registrado em 2024.”

Interessante, contudo, é observar como ocorreu a distribuição destas vendas:

  • Seminovos entre 0 e 3 anos: 2.541.872 unidades;
  • Veículos de 4 a 8 anos: 3.982.867 unidades;
  • Veículos de 9 a 12 anos: 3.531.095 unidades;
  • Veículos com 13 anos ou mais: 5.721.760 de unidades.

Também importante entender os motivos que levaram ao recorde. Concedi entrevista para a TV Cultura e, lá, expus os seguintes fatores para este recorde: preço, juros e liberação de crédito restringindo o mercado de novos, bem como análise mais apurada sobre o veículo usado, passando pela depreciação e manutenção.


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Oleh