Comercialização de novas cotas atingiu o melhor patamar no Brasil dos últimos dez anos; movimentação financeira em 2022 pode ultrapassar R$ 190 bilhões
Com os financiamentos mais caros em função da alta na taxa básica de juros, atualmente em 13,75%, as vendas de novas cotas de consórcios bateram recorde e chegaram ao melhor resultado em 2022 dos últimos dez anos no Brasil. Entre janeiro e agosto deste ano, foram 2,57 milhões de títulos comercializados no país - o maior patamar desde 2012. Até então, o melhor resultado havia sido registrado em 2021, quando 2,31 milhões de negócios foram fechados até agosto.
Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Ao todo, o Brasil tinha, até agosto, 8,97 milhões de pessoas com cotas ativas. O volume é o maior da história, segundo a entidade, e representa um aumento de 9,5% sobre o mesmo período de 2021. A movimentação financeira neste ano com a aquisição de novas cotas soma R$ 165 bilhões. A estimativa é de que 987 mil pessoas tenham adquirido bens, entre janeiro e agosto, após a contemplação em consórcios.
O diretor regional da Abac em Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Espírito Santo, Píndaro Luiz de Souza, confirmou o impacto da elevação da taxa Selic como um diferencial na venda de novas cotas em 2022. Ele lembrou, ainda, que a movimentação positiva ao setor tem ocorrido desde 2020, primeiro ano da pandemia. Souza afirma que dados prévios, de setembro, indicam uma movimentação financeira de R$ 191 bilhões neste ano.
Além da taxa de juros, ele afirma que as cartas de crédito contempladas possibilitam ao cliente a compra à vista do bem desejado com descontos melhores. “Outra vantagem que ajudou muito o crescimento é que os administradoras evoluíram em tecnologia nesses últimos anos e isso facilitou muito. Hoje, com poucos cliques, você contrata um consórcio. Obviamente que nada impede a contratação presencial, mas é possível realizar toda a sua jornada digital”, detalha Píndaro.
A busca de mais jovens por consórcios também ajuda a explicar o bom momento, conforme o diretor. Para este público, as contratações são feitas buscando um valor mais acessível de parcelas. “Mas quanto menor o valor da parcela, maior o prazo”, ilustrou. O head da Porto Seguro em Minas, Wesley Andrade, atestou que o uso do consórcio é mais comum hoje por pessoas entre 35 e 45 anos.
Fonte - Otempo
Taxa de juros dificulta financiamento e venda de consórcios é a maior desde 2012
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Oleh
Sindcon MG