Centrais apresentam ao governo proposta de aumento real do salário mínimo


 

A política de valorização do salário mínimo (SM) vai voltar. As centrais sindicais e o governo negociam a nova regra. A política de valorização do SM implementada desde 2004 garantiu um aumento real de mais de 78%.

 Atualmente o valor do SM é de R$ 1.302,00¹, dos quais R$ 584,00² correspondem ao aumento real, o que incrementa anualmente em mais de 400 bilhões a massa de rendimentos da economia, atingindo cerca de 54 milhões de trabalhadores.

A proposta que as centrais sindicais propuseram ao governo é a seguinte:

 

  • Aplicar o reajuste anual do INPC para repor o poder de compra.
  • Aumento real segundo o crescimento da economia medido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB).
  • Essa é a mesma regra que esteve em vigor até 2018, com sucesso.

 A proposta apresenta também medidas para acelerar o aumento do SM, para que se aproxime mais rapidamente do valor necessário para cumprir os preceitos constitucionais de atender às necessidades básicas do trabalhador e da sua família.

 Nos próximos três anos, implementar o aumento real não aplicado pelo governo anterior de 5,4% e considerar um piso mínimo de aumento de 2,4% sempre que o PIB for menor que esse percentual.

 Essa proposta considera que o aumento do SM é parte de uma estratégia de sustentação do crescimento econômico, porque amplia o consumo das famílias ao elevar o salário base da economia, aumentar a participação da renda do trabalho e enfrentar múltiplas formas de desigualdade.

 Uma política bem estruturada de valorização do SM proporciona consistência entre o crescimento do agregado econômico e a sua distribuição para a base salarial. Esse aumento da base salarial fica correlacionado ao incremento da produtividade e é levemente redistributivo. A previsibilidade sobre a formação dos custos do sistema produtivo a partir da base salarial é fortalecida com a antecedência devida e sem surpresas.

 Projeta o incremento da massa salarial envolvendo mais de 54 milhões de trabalhadores, base para o consumo das famílias e indicador do potencial da demanda futura para toda a economia.

 Essa informação permite ao setor produtivo planejar e sustentar investimentos na produção para atender a demanda, o que contribui para a formação de um círculo virtuoso de crescimento econômico de médio e longo prazo sustentado pelo investimento e pelo consumo.

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